Vênus conjunta a Algol
Em quadratura com Saturno
Amor que dói,
amor que sufoca,
amor que se esvai,
prazeres obscuros,
amor sem consentimento,
abusos.
Amor que aprisiona,
amor que te puxa pela sua garganta,
e te diz que te ama tocando suas entranhas.
Prazeres mórbidos,
intensos e perigosos.
Amor que domina, possui, e você não percebe a armadilha do tempo que se disfarça de bons sabores, lhe castrando de forma prazerosa e sombria E você se entrega colocando seus sentimentos na guilhotina.
Vícios, loucura, obsessão,
quando o toque deixa de ser suave
e se torna um toque em forma de ataque,
um amor criado pelas mãos da ilusão,
que decapita,
que enlouquece,
que nos tira a cabeça,
que nos fazer perder o controle da razão,
amor passional,
bestial,
sendo desafiado pela morte.
A morte quando te beija,
ela beija apaixonada,
ela lambe seus ossos,
sua pele,
e o seu corpo ela despedaça.
Isso não é amor, nem paixão. É um crime, um abuso. É uma poção do amor, ou seja, um veneno, uma amarração, uma prisão, uma relação tóxica. Hoje; Vênus conjunta a Algol e ao Nodo Norte e em quadratura exata com Saturno reflete os nossos maiores medos que se permeiam em nossos corpos e mentes dentro de nossas relações amorosas, e nos faz ver o quanto podemos estar sendo engolidos pelo outro - ou às vezes, nós mesmos estamos obcecados e nem percebemos que também podemos ser algozes e vilões.
Vênus hoje também é a arte do terror, do abismo, da dor, do vazio.
Amar a si mesmo em primeiro lugar é a lição de Saturno, e do tempo atemporal pois até mesmo depois da morte, devemos nos desapegar, para não nos tornamos espíritos sofredores que jazem na doze. Cuide de si mesmo. Reflita como está seu relacionamento. Talvez a morte seja uma boa amiga agora. Tem "amores" que devem morrer.
Reflitam!
Bruno Bernardes.
