Dos silêncios que não são ensurdecedores, mas do silêncio que nos cura do barulho e dos gritos da alma. Entre os mundos que separa a vida da morte, há um silêncio necessário para não despertar os maus espíritos, e também para que mostra-se respeito ao Senhor da Terra. É Omulu, é Obaluaê, é o Senhor da Terra, que tudo ali nasce e que tudo ali morre . A cura é valiosa, é quando a matéria se funde com o Espírito, se tornando uma unidade, assim criando um brilho tão grande como o Sol, mas que deves ser oculto com suas palhas, para que esse brilho não caia nos olhares errados. Omulu e Obaluaê, vem nos lembrar que do pó viemos e no pó retornaremos, pois antes de qualquer riqueza que brota da terra, a maior riqueza é a vida. Senhor das passagens, que governa os cemitérios, as cavernas, os leitos de hospitais, dos locais ocultos escondidos dentro do próprio mundo, Omulu é o Sol do submundo da Casa 4, o Sol da Hora Grande, onde as almas vão para o julgamento, local que os gregos chamavam de Local de Nemesis, ali reside os mistérios. Obaluaê é o Sol culminando do meio-dia, no meio do céu, promovendo cura, uma divindade tão antiga como Saturno, mas tão rica e gloriosa como o Sol, oras, abaixo de suas palhas há uma beleza radiante, um brilho, o próprio Sol, senhor da terra, mas também do fogo que purifica o Espírito. Omulu é aquele que consegue transitar na Casa 12 corrigindo e aprisionando as almas aflitas e os maus espíritos, como zombeteiros, encostos, obsessores, levando as mesmas para o seu cemitério, para seu submundo (Casa 4), não é à toa que Casa 4 e 12 fazem trígono. Peço e rogo a Omulu e Obaluaê que abençoe todas as almas justas e sábias. Saturno e Sol se desafiam no céu, Sol e Marte também, quanto mais silêncio, resiliência, e humildade perante a nossa finitude maior será a grandeza de nosso espírito.
Atotô!!!!!!!
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